terça-feira, outubro 19, 2021

A Derrota do Carneiro em Castro Daire! 2.0






Passadas mais umas eleições autárquicas, volto aqui para analisar os resultados em Castro Daire. Como era espectável e como fiz questão de alertar dentro do PS, orgãos onde voltei após a derrota de 2017, e onde, muitas vezes isoladamente, me opus à recandidatura do Carneiro e sem mudança de opiniao... , o Fernando Carneiro perdeu, perdeu mais uma vez e levou o PS Castro Daire ao pior resultado neste seculo XXI.



Fernando Carneiro e o presidente da concelhia do PS, Horácio Ribeiro, criaram durante todo o processo Autárquicas 2021 o caldo de cultura politica necessário para que o PS Castro Daire fosse arrasado em quase todo o concelho. Salvaram-se as raras e honrosas excepções das vitórias em duas freguesias historicamente e socialmente mais Socialistas, Cabril e a União de freguesias de Parada e Ester , e a surprendente vitória em Cujó.
O PS, Fernando Carneiro e o Horácio Ribeiro colecionaram, e da respnsabilidade delas não podem fugir, muitas derrotas. Desde o péssimo resultado quer para a Camara quer para a assembleia municipal, abaixo dos 30% e perdendo cerca de 2000 votos, perdendo um vereador, caindo para um humilhante 5-2, até à perda de 6 juntas de freguesia, quase todas perdidas para um PSD concorrendo com os antigos candidatos e presidentes do PS.
Ora, tudo isto deve merecer uma grande reflexão no PS, nos militantes de Castro Daire e ainda na sempre alheada comissão politica distrital de Viseu.
Em 2017 apresentei em https://pfigueiredo.blogspot.com/.../a-derrota-do... quatro grandes causas para derrota do Carneiro e do PS Castro Daire, sendo elas a personalidade do Carneiro e a sua relação com quem se lhe permitia opor, militantes socialistas ou não, as políticas durante os mandatos no poder e a campanha eleitoral direcionadas fortemente para o eleitorado sénior, a estratégia e a comunicação de campanha e a criacção de expectativas elevadas de obras, empregos e outros facilitismos no elitorado, tendo-as defraudado.
Agora em 2021, teremos de juntar a estas causas, que não foram corrigidas e até se acenturam, as novas causas que provavelmente justificam o avolumar da derrota. São elas essencialmente quatro.


A primeira grande causa foi a forma como se prepararam estas eleiçoes e a forma como decorreu e foi conduzido todo o processo no último ano e meio. O processo interno para preparar estas autárquicas começou, e bem, cedo, onde desde o inicio o presidente da concelhia, Horácio Ribeiro, manifestou a sua vontade de liderar e de se candidatar a presidente da câmara, tendo afincadamente confrontado o Fernando Carneiro e afirmando-se como alguém que se que lhe opuria e que queria cortar com o passado, que em votação interna levou à sua escolha, por DUAS vezes, pelos militantes socialistas.
Intempestivamente, e já depois da divulgação publica desta decisão interna e passado poucos dias após ter ganho desiste, para secundar uma candidatura liderada por quem havia combatido de forma veemente e irredutível. Cedeu à chantagem por parte do outro candidato em se apresentar por outro partido ou de forma independente. É evidente que num processo de chantagem política tem menos caracter quem a faz, mas também não pode ficar isento de responsabilidades quem depois de tudo fazer para se lhe opor desiste e apoia quem combatia anteriormente, deixando morrer na praia todos os que até então haviam combatido nas suas fileiras.
Outra coisa bem diferente teria sido desistir sem o secundar, estando hoje do lado daqueles que pedem responsabilidades aos que levaram o PS à derrota.
Durante o processo que antecedeu as eleições depois do Fernando Carneiro ter assumido a candidatura, e do Horácio Ribeiro ter capitulado e secundado o Fernando Carneiro, os orgãos do PS nunca mais funcionaram, passámos de reuniões bi-semanais para nunca mais reunir. As listas nunca foram aprovadas pelos orgãos internos com essa competência e responsabilidade. E todo o processo de constituição de listas, a campanha eleitoral, e a gestão do partido passou a ser dirigido por um mini diretório, constituído apenas por Fernando Carneiro, Horácio Ribeiro e uma consultora extrerna.
Muitos foram os erros de cometidos, desde a constituição das listas, publicações com erros básicos de escrita e de contexto, publicações e críticas nas redes sociais ao PSD sem sentido para quem estivesse minimamente atento ao concelho, ou fosse consultar o histórico de publicações e que propocinou ganhos ao adversário.
Já em plena campanha foram postas em circulação ideias ridículas e sem qualquer suporte lógico, como é maior exemplo a ideia de que o PS jamais faria alcatroamento de ruas porque o alcatrão provocaria cancro, uma ideia ridiculamente fraca que foi usada apenas para poderem criticar as obras de última hora do executivo. Obviamente que ninguém vota em alguém que diz em campanha que não irá alcatroar ruas.
A segunda foi, e está relacionada com a primeira, a fuga de Socialistas, militantes, antigos candidatos, e presidentes de junta para as listas do PSD, e mais uma vez isto levou à perda de 5 juntas de freguesia, e aconteceu devido às indecisões, voltas e reviravoltas no PS Castro Daire, mais uma vez devido ao processo paralelo de candidatura e de chatagem política levada a cabo por Fernando Carneiro, que baralhou e causou dúvidas aos anteriores presidentes, levando-os a trair o PS em troca de um porto seguro que lhes garantisse a manutenção no poder.
A terceira é a autêntica inexistência política e pública do PS enquanto oposição ao executivo PSD, durante os 4 anos do mandato o PS não existiu publicamente, pouco propôs, nada criticou a um dos piores executivos do PSD e desse pouco nada se soube públicamente.
A quarta terá sido também a inexistência de ideias novas, e o uso de ideias e promessas de intenção em áreas em que se havia falhado redundamente no passado, tais como a despoluição do rio Paiva, o saneamento básico e abastecimento de água, o turismo e as termas. Quem poderia acreditar que a mesma pessoa que nada fez perante a poluição do Paiva, desmentindo sussecivamente a sua existencia em Castro Daire, iria, nada mais nada menos, que acabar com a poluição no rio Paiva. Quem poderia acreditar na construção de saneamento básico em todo o concelho se durante 8 anos não havia sido capaz. Quem pode acreditar que se vai dignificar o acesso às aldeias do concelho se depois se diz pelo concelho que não colocarão alcatrão porque provoca cancro nas pessoas?


Após esta derrota o PS vai ter grandes dificuldades para obter melhores resultados no futuro próximo. Basta pensar que o PSD decapitou politicamente o PS em muitas das freguesias e que nessas vai ser ainda mais dificil conseguir quem queira fazer um trabalho de fundo, penoso e difícil de reconstruir o PS. No entanto é preciso aprender com esta derrota e definitivamente corrigir erros que se mantêm do passado, perceber e valorizar aquilo que correu bem, quer nestas eleições quer noutras no passado.
É preciso cimentar a posição do partido, não só nas autárquicas mas também nas outras eleições, é preciso retomar a tendência de crescimento do partido no concelho ainda antes do reinado do Carneiro. E isso consegue-se com a fidelização do eleitorado e dos autarcas do PS, com a criação de mais militantes, da recuperação da secção de Mões, e da criação de novas secções noutras freguesias.
Teria acontecido o que aconteceu em Mões se ainda houvesse uma secção do PS forte como o foi no passado?
Teria acontecido o que aconteceu em Reriz se lá tivesse sido criada uma secção do PS?
É preciso entender porquê, e aprender com os socialistas das freguesias em que se ganhou e onde historicamente se ganha. É preciso unir finalmente os Socialistas, e isso consegue-se com uma liderança coerente, tolerante, respeitadora e promotora da democracia interna.
Este executivo PSD já mostrou nestes 4 anos que não será capaz de criar o necessário para desenvolver o concelho, nem sequer para resolver os seus problemas mais prementes, e daqui por 4 anos estará ainda mais maduro e caduco.
Temos 4 anos para construir uma alternativa credível e capaz!


Eu, como não poderia de deixar de ser, cá estarei pronto, com crítica construtiva, ideias diferentes e sem submissões para contribuir para a reconstrução do Partido Socialista em Castro Daire, e por meio deste para a construção de um projeto para o desenvolvimento do concelho e para a melhoria sustentavél da qualidade de vida dos Castrenses.


19-10-2021
Pedro Figueiredo

quarta-feira, dezembro 26, 2018

Orçamento 2019 - Junta de freguesia de Cabril

A proposta de orçamento para 2019 apresentada pela junta de Cabril é pobre e pouco transparente, mas reveladora de mais um ano perdido para esta freguesia.

É o orçamento o mais baixo dos últimos 5 anos.

Não apresenta qualquer obra nova, e reduz os valores já antes irrisórios das poucas obras previstas. Ou seja, são irrealizáveis, e só cá aparecem para criar ilusão ano após ano.

#acordacabril
*valores em euros

sábado, setembro 29, 2018

Reunião da assembleia de freguesia de Cabril, 13 anos depois



Ontem, 28 de setembro, realizoou-se mais uma reunião da assembleia de freguesia de Cabril.

1. Aprovamos pela segunda vez a extinção da zona de caça municipal, para que possa passar a ser reserva associativa. Já tinhamos aprovado isto em Junho do ano passado, aprovamos ontem navalmente e cheira-me que mais vezes voltaremos a fazer o mesmo sem que de facto seja extinta a zona de caça municipal.

2. Foram pedidas sugestões para a elaboração do próximo orçamento.

Apresentei além das propostas apresentadas a seguir apresentei o programa eleitoral que o PS apresentou a eleições em 2005 identificando o que está por fazer, o qual distribui por todos os presentes:

- criar equipa de Sapadores florestais
- adquirir auto-tanque
- criar zona industrial
- abrir a biblioteca
- restabelecer e melhor o abastecimento de água potável a Vitoreira
- melhorar e alargar o caminho das hortinhas em Vitoreira
- requalificação a rua principal em Vitoreira
- alargar o caminho agrícola para a Cova, em Vitoreira
- colocar tubos nos regadios do Lodeiro e da Tulha Nova
- Alcatroar a estrada de Pereiró à estrada de Meitriz
- Colocar bocas de incêndio em Pereiró, Vitoreira, Lodeiro, Vila Maior, Mosteiro, Ameal, Grijó.
-Alargar e melhorar o caminho da Malhadinha em Vila Maior
- Colocar proteções nós caminhos do Ameal
-Atribuir nome do piloto falecido a uma rua de Grijó
- Requalificar as minas de Moimenta
- Pedir a ligação da linha elétrica ao Foz Cabril
- Criar tanques de abastecimento para Bombeiros

Etc

A resposta para quase tudo isto foi: "isso não é competencia da junta"




segunda-feira, setembro 24, 2018

Castro Daire da FICA

A festa das colheitas (de alguém) passou a FICA Castro Daire e bem!
Ficava tão mal a cópia do nome de Arouca,e assim o Neves não correu o risco de pensar estar em Arouca, ainda anunciava obras na EN 225, pensando na variante. Lol.
Outra coisa que mudou e para melhor foi a organização e a adesão que o evento teve este ano, é evidente o aumento de público, do número de expositores e de produtores agrícolas.
O impacto mediático e a consecutiva promoção do concelho é muito maior com a presença do programa da TVI, um dia a falar do concelho em direto terá os seus efeitos!
Outra coisa que mudou foi a ideia que o PSD Castro Daire fez passar em campanha eleitoral de que o Carneiro gastava muito dinheiro em festas, afinal continuaram a gastar em festas, e bem, também são necessárias e até podem trazer retorno!
Outra ideia que acaba de cair por terra, e que mais ninguém vai voltar acreditar, é a narrativa que este executivo fez passar de que a câmara estava cheia de dívidas.
Ainda bem que a existência de financiamento permite quer este evento, quer executar obras tão necessárias como a conclusão da ETAR e respectivas condutas, melhoramento das estradas de Mós à EN 225, de Parada a Nodar, de Meã a Laboncinho, de Ester à ponte de Cabaços, de Grijó a Moimenta etc, da conduta adutora que abastece a vila de água, e se não for pedir muito restabelecer o abastecimento de água POTÁVEL a Vitoreira, Cabril, que está como ficou após o incêndio florestal do ano passado.
Resumindo, as colheitas passaram a FICA e foi um sucesso, mas o concelho precisa de muito mais mudanças para melhor, precisa de promoção mas sempre sem esquecer as obras próximas do dia a dia das pessoas.


domingo, maio 06, 2018

Resposta ao comunicado do Ex-Presidente da Junta de Cabril, sr. Prof. Zeca.



O Sr. Prof. Zeca, ex-Presidente da Junta de Cabril e atual vogal em segundo lugar na lista para contornar a lei de limitação de mandatos, acusa-me de faltar à verdade nas ultimas publicações em que tenho vindo a publico informar os meus conterrâneos, coisa que pelo vistos não agrada a quem nunca quis fazer politica esclarecendo os cidadãos, mas eu que sempre o fiz desde que atingi a maioridade, e que muitas das vezes ajudaram estas mesmas pessoas a serem eleitas, nessa altura eu tinha as costas largas e servia de escudo para aquilo que muitas vezes se fez de forma errada, e pela calada, e que me foram imputadas tendo sido criadas e executadas por quem realmente beneficia da atual posição de poder. As publicações que tenho feito baseiam-se nos documentos fornecidos aos membros da assembleia pela própria junta, e se falto à verdade é porque esses documentos não refletem a verdade das contas, coisa que já na declaração de voto contra tinha referido. Essas contas escondem, os tais factos que o sr. Ex-presidente da Junta diz serem lesivos e contrários à lei, e que acaba de admitir neste comunicado que realmente existem. Estas contas, apresentadas no documento enviado aos membros da assembleia, não estão corretas como o próprio ex-Presidente da Junta o admite referindo mesmo que “as contas ainda não são definitivas”.  Refere ainda que houve material que não foi usado e que deixaram passar da validade, pois isto só acontece em casos de má gestão dos stoks e porque não fizeram os procedimentos como é recomendável, pois se tivesse sido feito um concurso publico para o fornecimento dos produtos para venda ao publico no bar, para além de ser possível obter melhores preços que nos hipermercados, seria possível ajustar melhor o fornecimento aos gastos, assim como seria mais transparente todo o processo e mais fácil de se mostrar que aquilo que se comprou foi realmente para se vender.
Outra questão que não refere, ou que não lhe interessa dizer, é como é que foi possível gastar 11669,95 euros de mercadoria para vender por apenas mais 552,45 euros, porque qualquer pessoa sabe o preço das mercadorias nos hipermercados e sabe quanto pagava no bar, e para tal só prevejo três hipóteses que o justifiquem ou quase todos clientes não pagavam, ou mercadoria caiu ao rio, ou perderam o dinheiro.
Mas resumindo, e apresentando os dados constantes no documento de prestação de contas de 2017 ficam os seguintes valores para que cada um possa fazer as suas contas, já que nem um professor, e se calhar nem um engº as sabem fazer:

Receitas: 12222,40 euros
Custos:
Despesas (mercadorias): 11669,95 euros
Despesas com pessoal: 9455,66 euros
Segurança Social: 2021,11 euros
Subsidio de refeição: 1415,01 euros  
Total de custos: 24561,73 euros
Receitas - custos ó12222,40-24561,73= -12339,33 Euros (prejuízo)

Quanto às refeições apenas apresento, mais uma vez, os números que me foram fornecidos no documento, e nesse constam 5943,09 euros, se há mentira mais uma vez é no documento que apresentam. É também nesta questão de referir que mais uma vez o sr. Ex-presidente da Junta sr. Prof. Zeca, acaba por admitir a salganhada em que se tornou a gestão da junta de Cabril pois apresentam uma coisa no documento, depois dizem que afinal é apenas um terço disso, e que num ano andaram a pagar as dividas do ano anterior, o que para além disso ainda vem acentuar aquilo que já tinha sido apresentado em 2016, ou seja em 2016 ainda tinham gasto mais em refeições confecionadas, tinham gasto 7885,54 euros, que assim afinal seriam quase 9000 euros.
Quanto ao facto de a junta pagar as refeições dos funcionários de outra entidade ainda haveremos de perceber da legalidade deste acto, independentemente dela permitir mais horas de trabalho ou não, não são funcionários desta junta! Mas e ainda assim, porque razão a junta tem de pagar onde eles querem, (e já se sabe que querem sempre no mesmo sitio), da maneira que eles querem? A junta mais uma vez paga e não bufa, seja a conta de uma diária, seja de um baquete. Mais uma vez não há qualquer concurso público para a obtenção desse serviço!  

Por fim e já que o sr. Ex-presidente da Junta o refere, eu e a minha família costuma-mos frequentar mais do que um restaurante em Cabril, inclusive o restaurante existente junto ao multibanco, pertencente à entidade bancaria em que por acaso a junta até foi obrigada a criar uma conta, e para além de não ter nada a ver com os restaurantes que frequento, nunca deixei nenhuma conta por pagar, nem precisei que a junta me pagasse!
Finalmente, e porque não sou burro, não espere que seja no facebook que vá revelar factos lesivos ou contrários à lei, à justiça o que é da justiça, mas deixo-lhe uma contra-proposta, porque não foi incluído nem no orçamento de 2016 nem nas contas de 2016 a exploração do bar e o Cabril D’Agosto?
Porque razão o orçamento de 2017 não tem qualquer rubrica referente á exploração do bar não tendo previstas quaisquer despesas ou receitas, aparecendo depois do documento de prestação de contas?

Será que isto não será motivo de perda de mandato?

Pedro Figueiredo

domingo, abril 29, 2018

Contas 2017 - Cabril

Ontem votei contra o documento de prestação de contas do ano 2017 da junta de Cabril. Manifestei o meu desagrado.
E apresentei a seguinte declaração de voto.
#acordacabril

DECLARAÇÃO DE VOTO

Voto contra o documento PRESTACÃO DE CONTAS Relativa ao ano financeiro de 2017 porque o considero que engana os membros da assembleia de freguesia de Cabril e por meio destes todos os Cabrilenses.
Considero que este documento contem vários indícios de más práticas de gestão financeira e dos bens da freguesia, mais relevante no seguinte:

- É inacreditável e inaceitável que da exploração, de cariz hoteleiro/restauração, ou seja de venda de bebidas e pequenas sandes, aberto ao publico durante 5 meses, e mais de 12 horas diárias, na Praia do Foz Cabril, oficialmente infraestruturas de apoio à prática do desporto e aventura no rio Paiva, Lodeiro – Cabril, resulte apenas um saldo positivo de 552,45 euros, que dividido por cerca de 150 dias resulta num saldo médio diário, entre as compras e as vendas, de 3,7 euros. É na minha opinião claramente indiciante de mau uso dos bens da freguesia, e indiciante de práticas menos corretas.
Qualquer pessoa minimamente conhecedora do local, e do setor da restauração e bebidas sabe que as margens de lucro são muito superiores a 4,52%, principalmente sendo que apenas isto se refere ao diferencial entre as compras e as vendas. Pois quer os custos da mão-de-obra, quer de fornecimento de energia e águas foi suportado pela Camara Municipal de acordo com o protocolo número 27/2017.
Resumindo o funcionamento das infraestruturas de apoio à prática do desporto e aventura no rio Paiva, Lodeiro – Cabril, conhecido bar da Praia do Foz Cabril, comporta globalmente um prejuízo ao estado/contribuintes de 10711,12 euros.

Receita (vendas): 12222,40 euros
Despesa (compras de mercadorias): 11669,95 euros
Despesas com pessoal: 9455,66 euros
Segurança Social: 1807,91 euros
Saldo global: -10711,12 euros.


Pretende-se que esta declaração de voto acompanhe o documento PRESTACÃO DE CONTAS Relativa ao ano financeiro de 2017 a ser enviado às entidades fiscalizadoras, como o tribunal de contas.


Assembleia de Freguesia de Cabril, 28 de Abril de 2018,

António Pedro de Paiva Figueiredo


quinta-feira, março 15, 2018

Pagar para quê?


Vivemos num país que ciclicamente muda o peso do seu estado social. Durante o estado novo tinha um peso reduzido, e o pós 25 de Abril veio trazer um aumento considerável, com conquistas nos mais variados domínios. Na última década assistimos a uma perda progressiva dessas conquistas, que tinham aumentado o peso do estado social.
Resultado de imagem para solidariedade
Paralelamente a isso assistimos desde a Revolução dos Cravos a um aumento generalizado dos impostos sobre o trabalho, por um lado, e a uma progressiva perda de qualidade dos políticos por outro. 

Integrando estes três vetores, diminuição do estado social, aumento de impostos, e políticos cada vez mais fracos, leva a que hoje se “compre gato por lebre”, pagamos algo caro e adulterado.

Políticos cada vez mais fracos, geração pós geração, no PS, Sócrates pior que Ferro Rodrigues, este pior que Guterres, Guterres pior que Mário Soares, no PSD, Passos pior que Ferreira Leite, esta pior que Santana, Santana pior que Durão, Durão pior que Cavaco, Cavaco pior que Sá Carneiro, no CDS, Portas pior que Monteiro, Monteiro pior que Freitas, no PCP, Jerónimo pior que Carvalhas, e este pior que Cunhal, nos Presidentes da República também se tem assistido à mesma progressão.

Devido a líderes políticos fracos, a políticas ainda piores, o país tem perdido capacidade de se desenvolver e desta forma potenciar a capacidade dos portugueses terem rendimentos do trabalho capazes de sustentarem o estado social, e assim, perante a situação da crise passada, a solução encontrada foi sempre o aumento de impostos e corte nos serviços prestados pelo estado aos cidadãos. Já no contexto político atual, e com alguns reajustes favoráveis aos contribuintes, com alguns cortes nos impostos nos rendimentos do trabalho, se tem mantido os serviços sociais do estado num estado de permanente falta de meios, bem visível quer nos serviços de saúde, quer de socorro ou de proteção civil.


Chegamos, por isso, ao ponto em que nos situamos hoje, em que pagamos muito e recebemos pouco. Em que um trabalhador que quanto mais paga de impostos menos beneficia dos serviços sociais. Em que um trabalhador com um salário pouco superior ao salário mínimo tem de contribuir muito, e receber pouco. 
Pagamos para ter acesso à saúde, pagamos para ter acesso à educação, pagamos para termos acesso à justiça, pagamos para circular nas estradas, pagamos portagens, pagamos estacionamento, pagamos, pagamos, pagamos… e depois os respetivos serviços são de qualidade duvidosa, ou mesmo sem capacidade de resposta quando mais são necessários.

Os tais maus políticos fecharam cada vez mais escolas, hospitais, centros de saúde, tribunais, freguesias… Os tais maus políticos não são capazes de manterem um estado que seja capaz de ter operacional um sistema que proteja os cidadãos! Uns faziam cortes, outras fazem cativações!

Toda esta envolvência leva a sociedade a questionar-se sobre a utilidade do estado social, e se vale a pena estar a pagar algo que tem, muitas vezes, qualidade questionável e que muitas vezes custa quase o mesmo que o serviço no privado. Se vale a pena estar a pagar um estado que é incapaz de nos manter em segurança.

Perante interesses económicos e políticos, os líderes políticos, pelo facto serem tão fracos, não têm a coragem nem a capacidade necessária de os enfrentar. Assim como também lhes faltam os mesmos atributos para frontalmente acabarem com a universalidade do estado social, é-lhes mais fácil criar na própria sociedade a opinião de que não vale a pena termos um estado social. 
Conseguem acabar com a solidariedade entre concidadãos e entregam essa sociedade ao capitalismo selvagem, em que cada um se governa por si só.

Assim perante esta tentativa de acabar com estado social, ou de o reduzir a estado assistencialista, através da nossa desistência, há que resistir em cada um de nós à tentação de desistirmos do sonho de uma sociedade solidária.



terça-feira, março 13, 2018

Menos dinheiro para Cabril

Nos últimos anos a junta de Cabril recebia 15000 euros para fazer duas vezes por ano a limpeza das ruas das aldeias.
Recebia 15000 e gastava 9500 nesse serviço, contratado sem qualquer concurso e por ajuste direto.
Este ano, em 2018, receberá 11630 euros... e o presidente da junta não teve mais nenhum argumento na assembleia municipal para além de que dizer não chegava...

Mas durante vários anos sobravam 5500 euros, e agora se entregar o mesmo serviço, ao mesmo, e pelo mesmo, de sempre, ainda lhe sobrarão mais de 2000 euros.

É no que dá não se saber o que se quer, como foi bem claro na ultima reunião da assembleia de freguesia de Cabril, onde depois de eu o questionar sobre quais eram os acordos de execução que estavamos a autorizar que ele celebrasse com a Camara Municipal. Não foi capaz de enunciar um único!

Por último é de referir que por exemplo Parada irá receber 22 074 euros...


quarta-feira, dezembro 27, 2017

Idosa esfaqueada em Castro Daire pelo marido no Natal

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Uma idosa de 79 anos foi esfaqueada pelo marido de 81 anos.
O caso aconteceu em Castro Daire, em Póvoa do Veado, na manhã de Natal.
A vítima foi gravemente atingida no abdómen com uma faca de cozinha e acabou por ser internada no Hospital de Viseu para ser sujeita a uma intervenção cirúrgica. O marido tentou suicidar-se de seguida, mas acabou por ser assistido pela equipa médica do INEM. Estão os dois em estado grave hospitalizados.
A GNR esteve no local, mas a investigação está agora a cargo da Polícia Judiciária.

domingo, dezembro 24, 2017

Orçamento 2018 - Voto contra

DECLARAÇÃO DE VOTO

Voto contra a proposta de Orçamento da receita e despesa para o ano de 2018 porque o considero desligado da realidade da freguesia de Cabril, contendo varias falhas orçamentais, assim como opções com as quais discordo.

Considero que esta proposta de orçamento falha no seguinte:

- Não orçamenta a receita da venda da madeira queimada existente nos terrenos administrados pela junta pertencentes ao baldio do lugar de Vila Maior, nem respectiva aplicação consoante a vontade dos compartes,
- Não orçamenta a iniciativa Cabril D’Agosto,
- Não orçamenta qualquer verba para aquilo que a junta pode desenvolver no âmbito da protecção civil e defesa contra incêndios florestais,
- Não prevê qualquer apoio à renovação dos regadios agrícolas,
- Não prevê a candidatura a uma equipa de Sapadores Florestais.

E ainda contém as seguintes opções erradas:

- Prevê a receita de 5000 euros, e despesa de 3500 euros da exploração das instalações do Foz Cabril, quando se orçamenta 12000 euros de encargos com pessoal, criando assim um saldo negativo de cerca de 10500 euros à freguesia,
- Orçamenta, mais uma vez, a construção do tanque para abastecimento dos Bombeiros, mas apenas com o valor de 3000 euros. Considero que é uma obra necessária e urgente mas com este valor irrealista só mostra, mais uma vez, a não existência de vontade para a executar,
- Orçamenta apenas 2500 euros para a Candidatura à requalificação das minas valor mais uma vez insuficiente.

Ainda assim é de reconhecer como positivo alguns pontos como a manutenção dos apoios financeiros à realização da feira anual de Moimenta/Tulha Nova, a intenção de construção do tanque para abastecimento dos Bombeiros, de construção do anexo à sede da junta, do arranjo da sede da junta, assim como da Comemoração dos 50 anos da feira mensal, e da Candidatura à requalificação das minas.


Assembleia de Freguesia de Cabril, 23 de Dezembro de2017

António Pedro de Paiva Figueiredo

terça-feira, dezembro 19, 2017

HOMEM MORRE SOTERRADO EM VALA - Castro Daire




Acidente, Castro Daire
19-12-2017

Um homem com cerca de 40 anos morreu esta manhã de terça-feira (19 de dezembro) no concelho de Castro Daire ao cair numa vala com cinco metros de profundidade.

A vítima, de acordo com o Centro Distrital de Operações de Socorro, ficou soterrada. O acidente ocorreu em Carranqueira.

No local estiveram os bombeiros de Castro Daire com quatro viaturas, o INEM e a GNR.

noticia: https://www.jornaldocentro.pt/online/regiao/homem-morre-soterrado-em-vala/

quarta-feira, dezembro 06, 2017

terça-feira, novembro 28, 2017

Está previsto! Está previsto! E nada...


Foi anunciado, ainda pelo anterior presidente da câmara, o visto do Tribunal de contas para a obra de requalificação do que falta da Estrada do Mosteiro até Moimenta, e bem! Só peca por tardia!

Mas este anuncio só vem evidenciar que as estradas da parte de baixo da freguesia, ou seja as ligações Vila Maior-Lodeiro, Vila Maior-Vitoreira, Vitoreira-Lodeiro-Foz Cabril, Vitoreira-Pereiró-Couçadouro, incluido o alrgamento em Vitoreira, nunca estiveram previstas nem nas intenções do anterior executivo, nem das da junta de freguesia de Cabril ao contrário do que se tentou fazer acreditar ás pessoas, ou à comunidade, ou à freguesia!

domingo, novembro 05, 2017

Esclarecimento (tomada de posse Cabril)

Visto que há quem tenha dúvidas fica o esclarecimento:

Não quis ser novamente presidente da assembleia de freguesia de Cabril (Castro Daire) porque:

1- Não concordei com a forma como a lista do PS foi constituída, não tendo sido ouvidos os socialistas como era habitual, e por exemplo não ter incluído ninguém da Tulha Nova.
2- Não concordei com a forma da campanha, como por exemplo esta não ter passado por todas as aldeias da mesma forma e pela lista não ter sido apresentada publicamente e com o habitual convívio.
3- Não concordei, nem aceito que não se tenha apresentado um programa eleitoral. É uma falta de respeito pela inteligência dos Cabrilenses que não se tenha apresentado uma única ideia.
4- Durante o mandato anterior o presidente da assembleia e os seus membros não terem sido convidados para vários eventos.
5- Não aceito que actual carrinha da junta não estivesse 100% operacional para se usar nos últimos incêndios. E durante os últimos 8 anos fui reivindicando medidas de prevenção contra incêndios sem que se tenha tomado qualquer atitude.

Portanto a decisão de não querer voltar a ser presidente da assembleia de freguesia de Cabril foi minha e meramente por razões políticas. Não foi por qualquer limitação de mandatos (que não se aplica à assembleia, e só tinha cumprido dois mandatos) nem por qualquer razão de índole pessoal.

Continuarei a ser membro da assembleia de freguesia onde colocarei as questões que achar pertinentes como o fiz até agora.

Atribuição de pelouros no novo executivo Municipal - Castro Daire

Presidente da Câmara Municipal
Paulo Martins de Almeida

Competências:
Administração Geral
Planeamento Estratégico
Desenvolvimento Económico
Empreendedorismo
Recursos Humanos
Obras Municipais (Públicas e Administração Direta)
Cooperação Externa
Relações Públicas
Freguesias

Vice-Presidente
Luís de Paiva Lemos

Competências:
Ambiente e Espaços Verdes
Água e Saneamento
Urbanismo e Obras Particulares
Protecção Civil
Finanças
Património e Controlo Interno

Vereadores a Tempo Inteiro

Armando Rodrigues de Lemos

Competências:
Educação
Ação Social
Desenvolvimento Rural
Feiras e Mercado Municipal
Saúde e Salubridade
Trânsito

Pedro Miguel dos Santos Pontes

Competências:
Desporto
Cultura
Juventude
Turismo
Modernização Administrativa
Novas Tecnologias

Outros vereadores
José Fernando Carneiro Pereira
Eurico Manuel Almeida Moita
Rui Manuel Pereira Braguês

in:https://www.cm-castrodaire.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=85&Itemid=131

sábado, outubro 21, 2017

Tomada de posse - Cabril

Presidente da junta: Pedro Duarte
Vogal: José Gonçalves
Vogal: Diamantino Jorge

Presidente da assembleia: Joaquim Cardoso
1 secretário: Rui Vasconcelos
2 secretário: Alice Silva

Outros membros:
Pedro Figueiredo
Graça Rodrigues
Regina Pereira
Tiago Barbosa

quinta-feira, outubro 12, 2017

A derrota do Carneiro em Castro Daire!


Passados os primeiros momentos de reacção mais acalorada aos resultados eleitorais é tempo de se analisar com mais detalhe as causas e as consequências destes resultados.

Como é sabido, era defensor da mudança de políticas e de protagonistas, lutei e votei contra o “regime” instalado, e apesar de não ter votado no PSD, (agora até parece que toda gente votou),fiquei contente pela sua vitória e pela derrota do Carneiro! Seria uma enorme hipocrisia da minha parte dizer que não gostei de assistir à derrota do meu maior adversário politico dos últimos 10 anos, assim como seria uma enorme falta de vergonha se viesse agora aproveitar a onda e colar-me a uma vitória de que não faço parte. Faço parte da derrota do Carneiro!

Ora da análise que importa fazer é essencial perceber as causas da derrota do PS Castro Daire, Carneiro e Vereadores. 

Destacaria então quatro grandes causas dessa derrota:

A primeira grande causa advém da personalidade, e da forma de estar na política do Fernando Carneiro. Todos sabemos que em 2009 o PS venceu em Castro Daire muito devido à popularidade e a acção deste, mas não só. Venceu também devido ao trabalho feito anteriormente em especial em 1999 e 2005, à equipa desse ano que incluía socialistas com passado no partido, bem distribuídos pelo concelho, e ao trabalho de base em várias freguesias como Cabril, Ester, Reriz e Mões. Foram estas vitórias, estas pessoas, a que se juntaram em 2009 outras pessoas vindas de outros sectores da sociedade Castrense e até de outros partidos que fizeram a primeira vitória do PS em Castro Daire. 
Mas é ainda em 2009, aquando da formação do gabinete de apoio à presidência que se começa a perceber como iria ser o formato de actuação do novo executivo. Quando o Fernando Carneiro convida para o apoiar familiares e amigos, desconhecedores do concelho e com competência duvidosa, em detrimento de pessoas com competência política, socialistas, ou não, que o poderiam ajudar a superar as suas próprias dificuldades na acção politica. 

A juntar a isto temos ainda de salientar, a forma como algumas das pessoas que mais contribuíram para a vitória de 2009,foram “saneadas” das suas competências quer no executivo, quer nas funções de funcionários do município, assim como a forma autoritária, arrogante e de espezinhamento politico e social como tratou todos os militantes socialistas que tinham alguma ideia nova ou diferente das suas. Desde 2007 que foi purgando militantes e simpatizantes socialistas, humilhando-os e promovendo campanhas difamatórias quer publicamente quer nas redes sociais. Criou tantas “ovelhas negras” que chegamos ao ponto delas serem mais, e mais activas na batalha eleitoral.

A segunda causa foi o erro estratégico de direccionar a grande maioria das iniciativas políticas e medidas do executivo com o objectivo de satisfazer as possíveis vontades do eleitorado sénior. Como foi evidente durante estes tempos, este segmento do eleitorado permitiu à dupla Carneiro/Aida fazer valer os seus maiores trunfos, conhecimento de muitas pessoas e das suas vidas, e o facto de ter lidado com os processos de obtenção de reforma ou pensões de muitos dos seniores do concelho, enganando-os, e aproveitando-se da falta de informação dos mais idosos. O problema desta estratégia é que é por natureza de curta duração, pois os mais susceptíveis a ela são os mais idosos e com menos esperança de vida, e em 8 anos muitos partiram. Ficando um eleitorado sénior menos susceptível de ser enganado, mais informado e mais conhecedor dos seus direitos. 

Esta vertente está ainda relacionada com a falta de iniciativa politica para os jovens. Todos sabemos que os jovens na faixa etária dos vinte e poucos anos aos trinta e tal anos são poucos, e de pouca expressão eleitoral pois a grande maioria saiu do concelho, e os poucos que ficaram estavam sob alçada política (tachos) dos interesses, o que levou a que estes fizessem pouca mossa na derrota eleitoral. Coisa bem diferente aconteceu com os jovens dos 18 aos vinte e poucos anos, muitos a votar pela primeira vez, que na sua grande maioria votou contra o Carneiro. São os jovens que enquanto adolescentes se viram obrigados a pagar passe nos transportes escolares, ao passo que os idosos lhes ocupavam os lugares nos autocarros e viajavam sem qualquer custo, independentemente do seu nível de rendimentos. Estes jovens, mais cultos, mais adeptos das novas tecnologias, e das redes sociais, batalharam publicamente neste assunto durante o mandato, e durante a campanha foram entusiastas na partilha e na divulgação daquilo que era mais negativo do executivo, e na promoção das alternativas.

A terceira grande causa foi a forma como se esclareceu o eleitorado. O PSD/CDS teve uma estratégia agregadora dos seus militantes mais influentes, juntando o que havia estado dividido, apresentando medidas novas, e de forma mais eficaz. Basta fazer uma avaliação dos cartazes de cada lado. O PS centrado num único slogan, e numa única pessoa, e o PSD/CDS com vários slogans e com uma mensagem mais clara. 

Durante a campanha surgiram vários episódios comprometedores para o PS, como foi o caso da reportagem da TVI transmitida no Jornal das 8, que deu um pontapé no medo de muitos, assim como o alerta para a situação do concelho, expondo muitos dos problemas que se iam escondendo num concelho sem comunicação social local. Outros casos como o dos envelopes, ou da utilização da Festa das colheitas, foram amplamente divulgados pelos novos meios de divulgação. A utilização da internet, quer através do Facebook ou dos blog’s, permitiu fazer chegar a mensagem ao eleitorado mais novo, e por meio deste aos restantes. O que era transmitido por estes canais eram casos reveladores daquilo que seriam os próximos 4 anos caso não se desse a mudança. E permitiram ao eleitorado perceber por um lado que não havia que ter receio de ninguém, e por outro ir-se apercebendo que o desespero do PS significava que a mudança era alcançável, e que o seu voto podia fazer a diferença.

A outra grande causa foi o facto do PS, o executivo e a dupla Carneiro/Aida ter criado através das promessas, do facilitismo, e da falta de exigência uma expectativa elevada em muita gente. Muitos criaram a expectativa de que teriam o emprego para o familiar, e afinal eram apenas uns meses a receber o IAS e sem quaisquer condições laborais e o emprego estável era para a família do presidente, que teriam a obra X, a estrada alcatroada, e o que viram foi desculparem-se com o tribunal de contas, que teriam o problema do abastecimento de água resolvido e tiveram infinitas falhas de agua, que teriam a EN 225 requalificada e tiveram cada vez mais buracos para ultrapassar, etc etc

Depois desta derrota eleitoral o PS vai ter enormes dificuldades para voltar a vencer eleições no concelho. Esta gente que dominava o PS Castro Daire agora que perdeu o poder vai abandonar o partido, porque deixa de ter interesse nele, só cá estavam porque o usavam como “veiculo” para chegar ao poder. Para provar tal basta vermos o seus empenhamentos e os resultados eleitorais nas eleições de índole nacional durante estes últimos 10anos, o PS sofre consecutivamente, no concelho, pesadas derrotas. 
Perante isto, urge criar uma alternativa para o PS Castro Daire já nas próximas eleições concelhias. Uma alternativa que renove, que una, que traga de novo para o seio do PS os militantes e simpatizantes socialistas que foram mal tratados durante estes 10 anos. Essa alternativa terá de ser capaz de arrumar a “casa”, “reconstruir” a secção de Mões, patrocinar e apoiar a criação de outras secções nas freguesias onde o PS tem maior implementação de base. Tem de incluir, ouvir, e valorizar os autarcas eleitos nas freguesias, quer os que venceram quer os que não obtiveram êxito eleitoral. Tem de ser capaz de trabalhar e criar um projecto para o concelho a médio prazo. Um projecto, que inclua socialistas e outros independentes com competência, mulheres e jovens, e que tenham uma visão inovadora e de futuro para o concelho. Tem de saber lidar com os novos detentores do poder, criticar e apontar os possíveis erros que venham a cometer, mas também ser capaz de lhes apresentar novas ideias e propostas positivas, e quando for o caso estar a seu lado para defender o concelho.

Depois desta derrota, e de todas as de âmbito nacional no concelho, e não esquecendo todos os alertas feitos no passado, a Federação de Viseu, e os seus dirigentes, especialmente o presidente da federação, devem finalmente perceber o erro que cometeram ao patrocinar e apoiar a candidatura ilegal do Fernando Carneiro a presidente da comissão política concelhia, assim como a passividade com que lidaram com o fim da secção de Mões, e com o linchamento político de alguns militantes. Devem admitir perante estes os erros que cometeram, pois só assim terão destes o apoio necessário para as batalhas eleitorais que se travarão futuramente. Deve ser o PS Viseu, na pessoa do Presidente da Federação a ter a hombridade de vir a Castro Daire admitir os erros e dar o “pontapé de saída” do novo PS Castro Daire.

Quanto aos vitoriosos, PSD/CDS, desejo que tenham o melhor mandato possível, pois deles depende muito do futuro do concelho. Que não desiludam quem deles criou expectativas. Que sejam capazes de dar andamento aquilo que de positivo (pouco) estava a ser feito e que façam a limpeza dos males existentes (muitos). Um bom mandato destes não pode passar ao lado da defesa do rio Paiva, da promoção e do desenvolvimento turístico, e da melhoria das acessibilidades, quer das estradas municipais degradadas quer da EN 225. O próximo mandato tem de ser a construir! Com liberdade e responsabilidade!

12 de Outubro de 2017
Pedro Figueiredo