quinta-feira, outubro 22, 2015

Violência doméstica em Castro Daire

Por violência doméstica um homem de 28 anos de idade foi detido em Castro Daire, na sequência de uma investigação que decorria há cerca de 2 meses.
No cumprimento de um mandado de detenção, a Polícia de Segurança Pública de Viseu apreendeu, três pistolas, um revólver, uma navalha “butterfly”, três navalhas automáticas de ponto e mola, três armas brancas com dimensões superiores às permitidas por lei e 42 munições de vários calibres. O material apreendido encontrava-se escondido na residência do detido.
Material apreendido em casa do detido
Material apreendido em casa do detido

quarta-feira, outubro 07, 2015

O estado e a derrota do PS em Castro Daire

O estado do PS Castro Daire é o de um partido com uma gestão ilegal, com gente incapaz de promover o seu partido no concelho, apenas concentrado em perpetuar o próprio reinado, e as mordomias da sua côrte familiar. A maior prova disso são os resultados obtidos pelo PS no concelho de Castro Daire em eleições de índole nacional. Nunca o PS foi capaz de ganhar, é verdade, apesar de ter passado a ser o partido no poder ao nível municipal, os resultados têm-se mantido muito fracos, sem qualquer melhoria, e entre os piores resultados do distrito.

Nas últimas eleições legislativas o PS só ganhou 2 das 16 freguesias do concelho, e freguesias onde o PS historicamente sempre obteve melhores resultados, sociologicamente mais favoráveis, e onde já se havia ganho na era pré-carneiro.


Nestas eleições foi possível, mais uma vez, confirmar a importância de Castro Daire no PS Viseu, pois ninguém de Castro Daire integrou a lista pelo distrito de Viseu, nem” Carneiristas ou ex-PSD’s”, nem dos não “Carneiristas” ou originalmente Socialistas. Demonstra mais uma vez que o PS Viseu se está a borrifar para o PS Castro Daire, pois deles apenas precisa de vitórias autárquicas para melhorar compor o ramalhete a apresentar em Lisboa.

Ora urge reflectir sobre as razões que levam o mesmo eleitorado a dar vitórias autárquicas, quer na Camara Municipal ou Assembleia Municipal, quer na maioria das juntas de freguesia, e depois em legislativas, presidenciais ou europeias dar derrotas esmagadoras. Na minha opinião é claro que o eleitorado Castrense é tendencialmente de direita e com raízes assentes no anterior regime, e que apenas vota PS nas autárquicas porque, para além do PSD não ter tido uma alternativa capaz, os candidatos e líderes do PS apenas se empenham nas eleições que lhes podem trazer proveitos pessoais. Questiono-me mesmo se quem lidera o PS Castro Daire e algumas juntas de freguesia vota PS nas eleições de índole nacional. Estas pessoas apresentam orgulho em serem os únicos capazes de ganhar eleições para o PS, e necessitam de sustentar o seu enorme ego. Só andam na politica por interesse próprio, e com objectivos claros de se sustentarem e ás suas famílias. Veja-se o exemplo claro da filha do presidente da Camara, será que no seu próprio partido, no PS Castro Daire, no grupo mais restrito de socialistas que o apoia em campanha, não existia ninguém capaz de ser da confiança política do presidente para poder integrar o seu gabinete? Veja-se os casos conhecidos de recrutamento para a trabalhar na Câmara Municipal, muitos do círculo familiar de alguns vereadores. Este grupo de interesses, que inclui o executivo camarário e alguns líderes das freguesias, nada se preocupam dos resultados do PS, e nada fazem para que o partido se implemente no concelho, apenas querem satisfazer os próprios interesses. Alguém os viu a fazer campanha pelo concelho? Alguém os viu nas acções de campanha pelo distrito?

O apresentado acima assim como a purga feita no PS Castro Daire, eliminando todos quantos têm capacidade de pensar por si mesmos, humilhando militantes, excluído ex-candidatos autárquicos que durante muitos anos tinham lutado contra a ditadura do PSD, são também fortes factores de desmobilização e perca de valores do partido no concelho.

Lanço daqui um apelo aos Socialistas de Castro Daire, militantes ou não, mas que se preocupam com o partido e com o concelho, para que reflictam se é isto que pretendem para o futuro do PS, se ganhar eleições autárquicas com a sigla do PS mas com gente do PSD e do CDS, pondo o partido e o concelho ao serviço das famílias de alguns, é do interesse do PS e do concelho. Será que vale a pena entregar o PS a pessoas que só se empenham quando nas eleições estão em causa os seus interesses pessoais? Será que vale a pena alinhar no clima de medo instalado, que humilha os seus próprios militantes, e que valoriza mais quem vem de fora do partido? Será que vale a pena ganhar autárquicas e nada fazer pelo partido? Será que valeu a pena andar mais de 30 anos a combater a ditadura do PSD para agora termos a ditadura do Carneiro?

Os resultados destas eleições devem também fazer reflectir quem lidera o PS Viseu, que promoveu uma liderança concelhia ilegal, ao arrepio dos estatutos, a troco de apoio para a conquista da distrital. Devem reflectir se vale a pena vender o PS, os seus valores, a implementação e promoção do partido no concelho, e os resultados eleitorais de índole nacional a quem apenas pode dar uma vitória autárquica de validade curta. Devem pensar nos danos que esta gente vai causar no PS, nos militantes que se perderam para o PSD, para o CDS e naqueles que se podem perder para o BE, e no que vai acontecer quando esta gente deixar o PS. Devem ter a noção que estas vitórias autárquicas são temporárias, que não são baseadas na implementação do PS, mas sim numa única pessoa, que quando não se puder candidatar o PS irá para a derrota certa durante muitos anos, pois nada dos valores do PS ficou implementado ou consolidado.

Os resultados das ultimas eleições legislativas devem ter consequências no PS, quer nas concelhias, quer na distrital. Caso não aconteça, teremos a mesma desilusão nas eleições presidenciais que se aproximam.