terça-feira, julho 26, 2011

Castro Daire: Autarca vai lutar por manter escola de Mamouros aberta se houver onze alunos

22 de Julho de 2011, 13:47


O presidente da Câmara de Castro Daire, Fernando Carneiro, assegurou hoje que vai lutar por manter a escola de Mamouros aberta, caso se confirmem as matrículas de onze alunos.

A garantia foi dada pelo autarca durante uma manifestação à porta do edifício da Câmara, em que participaram pais, avós e alunos, que transportavam cartazes com inscrições como “quero a minha escola” e “somos crianças, mas temos direitos”.

Poucos minutos após a chegada do grupo de cerca de meia centena de pessoas, acompanhadas de um dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), Fernando Carneiro deslocou-se à rua, avisando logo não gostar do “aparato” que estava a ver.

“Era escusado este aparato, a escola não fecha nem abre por causa deste aparato”, criticou, considerando que na base da manifestação estavam motivações políticas.

Perante a reação negativa dos manifestantes, Fernando Carneiro lembrou que, numa reunião há algumas semanas, se comprometeram a fazer-lhe chegar comprovativos das matrículas das onze crianças na escola de Mamouros, ao invés das sete que tinham motivado o encerramento da escola.

“A escola com sete alunos não funciona, com onze funciona. Mas não andem é atrás de certas pessoas, que andam errados”, disse-lhes o presidente, regressando pouco depois ao interior do edifício.

Com os comprovativos das matrículas na mão, a presidente da associação de pais, Elisabete Menezes, também entrou no edifício para os entregar ao presidente, mas saiu logo de seguida a queixar-se de ter sido expulsa.

Elisabete Menezes disse não estar nesta luta motivada por questões políticas, mas apenas por querer o melhor para as crianças.

Outra mãe, Isabel Martins, lamentou a atitude do autarca: “viemos aqui com boa fé zelar pelos nossos interesses, porque temos filhos na escola, e o presidente foi mal-educado”.

A escola de Mamouros está a funcionar com uma autorização excecional desde 2008, altura em que foi formalmente encerrada.

Se o encerramento se concretizar, os onze alunos serão transferidos para uma escola a quatro quilómetros, nas Termas do Carvalhal (na mesma freguesia), que os pais alegam não ter condições.

“Tem um café logo ao lado, não tem recreio, não tem espaço e, apesar de ter duas salas, já lá andam muitas crianças”, contou Elisabete Menezes.

Por outro lado, a transferência das crianças “vai aumentar as despesas dos pais” e levar a aldeia a “perder vida”, acrescentou.

Aos jornalistas, o autarca justificou não ter recebido os pais por estes terem marcado uma reunião com o vereador da Educação e consigo, caso tivesse disponibilidade, e terem aparecido em manifestação.

Apesar disso, garantiu que se vai empenhar em resolver o problema.
“Se eles comprovarem que têm onze matrículas, eu farei todas as diligências dentro da DREC (Direcção regional de Educação do Centro) para que seja lá posto um professor”, frisou, considerando que “não há nada definitivo”.
@Lusa

in:http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/1170262.html

3 comentários:

Anónimo disse...

Era esta a notícia que falei ontem...enfim...
CéliaRodrigues

Pedro Figueiredo disse...

Pois, a mim não me surprende este tipo de atitude, já algum tempo que alerto, aqui e nos locais mais indicados, acharam (no PS Castro Daire) que era embirração, agora talvez pensem doutra forma.

Ana Carla disse...

Boa Noite
Estou totalmente chocada com esta notícia…
Como é que o Sr presidente da Câmara de Castro Daire age desta forma a um problema de uma freguesia do município...
Ainda expulsar uma cidadã que estava zelar por quererem o melhor para as crianças do município de Castro Daire.
Acho que o sr presidente deveria sair dos seus aposentos e observar as condições e problemas do município…
Cumprimentos