««Castro Daire, depois de ser notícia em vários órgãos de comunicação social pelo desastre que está a acontecer no Rio Paiva, voltou a ocupar lugar de destaque em vários noticiários da SIC e quem não sabia, ficou a saber do estilo e do estofo do nosso Presidente.
Desta vez a SIC veio a Castro Daire para acompanhar a manifestação de gente de Mamouros contra o encerramento da sua escola e a notícia começou assim:” Os habitantes da localidade de Mamouros estão contra o encerramento da escola da aldeia. Esta manhã manifestaram-se em frente á Câmara de Castro Daire mas o presidente da autarquia não gostou” - disse o jornalista que, em Lisboa, estava a apresentar o noticiário.
A jornalista que veio fazer reportagem da manifestação a Castro Daire acrescentou: “Os manifestantes não eram muitos mas mais do que suficientes para irritar o Presidente da Câmara de Castro Daire”.
Uma em Castro Daire e outro em Lisboa, os dois jornalistas da SIC retrataram imediatamente o Presidente que temos – alguém que se enfurece e se descontrola facilmente quando contrariado por meia dúzia de pessoas que pacificamente se apresentaram, frente á Câmara, para continuarem a ter a escola em Mamouros.
Nisto de ser Presidente da Câmara não basta querer e ele quis muito, bem como a sua Aida que é “animadora” nos festivais e naquela volta político-religiosa que há no Dia de S. Pedro que agora também é Dia de Inaugurações de obras feitas em cima do joelho do senhor Engº Ernesto.
Mas para ser Presidente da Câmara é preciso saber alguma coisita e também o modo de estar – coisas que o senhor Presidente não aprendeu e já não aprende porque, ouve-se dizer até já na escola primária aprendia mal
Ao saber da aproximação dos manifestantes, o senhor Presidente, veio “estacionar-se” naquele pátio que dá para a porta principal – um bom lugar para ver quem estava e ainda melhor para ser ouvido porque, viu-se, que não estava lá para ouvir os humildes e pacíficos cidadãos de Mamouros que levaram dele uns valentes raspanetes, próprios de quem está com “maus fígados” que os jornalistas viram bem e depressa, ao ponto de salientarem logo a sua incapacidade para enfrentar a “enorme multidão”.
O nosso querido Presidente mostrou, mais uma vez, que é um democrata a sério, tanto que foi ele que trouxe a democracia para Castro Daire. Mas para não atraiçoarmos as palavras, ele disse assim ao pessoal de Mamouros: “ Vocês dicheram-me assim”: “ Temos mais de chete”. “ Eu diche assim, façam-me chegar a mim” “Bêm-me hoije aqui com este aparato todo”.” Eu num gosto deste aparato!”
Depois, na pequenina entrevista que deu á SIC no seu gabinete, o nosso presidente atrapalhou-se com a pobreza do seu vocabulário, as frases ficaram incompletas e não falemos de erros de gramática. Foi de arrepiar ou de corar de vergonha com aquela figurinha.
Os de Mamouros e os de outras freguesias, se não sabiam ficaram a saber que o senhor Presidente não gosta do aparato. Só gosta do seu aparato, do Dona Aida e do aparato da sua comandita. Ficam todos avisados ! Depois não se venham queixar como se queixou uma senhora de Mamouros para a jornalista da SIC: “ Ele mesmo assim não quis receber os papéis, os documentos que nós trazíamos para lhe entregar. Esperamos bem que ele ao menos pense naquilo que fez porque nós não viemos fazer mal a ninguém nem viemos tratar mal ninguém como ele fez com a gente. “
Aquele pessoal de Mamouros lá sabe o que ele fez ou não fez mais ao pormenor e até pensava que o senhor presidente ia ficar contente com tão festiva visita, mas ele foi pobre e mal agradecido, o que não é próprio de um beirão.
Agora não há dúvidas! Quem se mete com o carneiro, leva. Leva bem ou leva mal, mas leva. E até ficaram a saber jornalistas da SIC e toda a gente que viu o “figurão” naquele noticiário.
Foi Carneiro no seu melhor, nos gestos, nas palavras e no tom para risada geral de quem assistia das janelas da Câmara e de quem, ao ver ou ao saber daquele “espectáculo”, parou ou acorreu para assistir a um momento muito cómico de uma comédia.
Temos de registar a marca para ninguém cair em imitações sem pagar o “belo”. Temos de o aproveitar bem. Não acham?
Porque gostamos que o tratem bem damos mais uma informação. Antes gostava que o chamassem “Fernando da Casa do Povo”. A Casa do Povo era a sua marca na caça ao voto, tanto que nos carros de campanha gritavam: “ Votem no Fernando da Casa do Povo” e era na Casa do Povo que havia confissões, declarações, interrogações, informações para visitas domiciliárias de campanha. Mas agora já não quer que o chamem Fernando da Casa do Povo. Já deu ordens para quando se dirigirem a ele, digam: Senhor Presidente!
Esqueçam-se disto e depois digam que foram maltratados por ele. Depois não aceitamos queixinhas porque estamos a avisar para se dirigirem a ele como deve ser: Senhor Presidente!
Nem digam senhor Fernando! Digam sempre “Senhor Presidente para aqui”; “Senhor Presidente para ali”.
Publicada por Ecos do Paiva»»
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http://ecosdopaiva.blogspot.com/2011/08/o-nosso-exemplar-presidente.html