Câmara ordena retirada de espantalho a satirizar Passos Coelho
""Trabalho tinha sido executado por alunos de uma escola de Castro Daire e fazia parte de uma exposição pública no centro da vila
Um espantalho, representando o primeiro-ministro com uma corda ao pescoço, que fazia parte de um trabalho escolar, foi retirado de uma exposição pública por imposição da Câmara Municipal de Castro Daire.O presidente da direção do agrupamento de escola de Castro Daire, António Ferreira, explicou à Lusa, nesta sexta-feira, que o espantalho a representar Pedro Passos Coelho, com uma corda ao pescoço e uma lista com as dívidas do país colada, fazia parte de uma exposição pública de vários bonecos criados pelos alunos da EB 2,3, e que ainda decorre no jardim do centro da vila.
Desagradado com a «imposição pela autarquia» da retirada do espantalho, o diretor do agrupamento escolar admitiu que «pode optar pelo envio de uma nota de protesto» à autarquia.
Isto, porque, quando o presidente da câmara, Fernando Carneiro (PS), «contactou a escola, fê-lo em tom ameaçador», relatou António Ferreira.
«Mas este tipo de trabalho não tinha, nem poderia ter, qualquer objetivo de crítica, apenas pretendia, tal como foi planeado pelos professores que o coordenaram, recuperar uma tradição, deixando a execução à imaginação, à criatividade, dos alunos», argumentou, acrescentando que «só uma falta de sensibilidade clara é que permite fazer a extrapolação para a crítica de teor político».
Segundo António Ferreira, o boneco retratava apenas uma situação percecionada pelo aluno que o executou, que é o país estar, «como se costuma dizer, enforcado em dívidas», e o primeiro-ministro «foi a figura escolhida para significar Portugal. Apenas isso».
Os trabalhos foram realizados pelos alunos dos 7º e 8º anos das turmas de Artes Tradicionais e as turmas de EVT do 5º e 6º ano da Escola E B 2,3 de Castro Daire, em colaboração com a disciplina de Educação Tecnológica, sob o tema, «Espantalhos, Uma Arte Popular».""
1 comentário:
Sou totalmente a favor da liberdade qualquer que seja: de expressao, de opçao, etc.; mas nunca esquecendo que a minha liberdade nao pode por em causa a liberdade dos outros nem ser usada para ridicularizar os outros. vejamos entao se essa «criança» que eu duvido que essa «obra de arte» tenha sido criaçao dela, tivesse ao lado da «sua» um boneco representando a sua mae numa esquina do intendente e seu pai numa praça de touros investindo contra um grupo de forcados, acharia tanta piada!? Sejamos moderados nos nossos exessos, ha outros meios mais democraticos para manifestar o nosso descontetamento
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