sexta-feira, novembro 29, 2013

Entrevista do Presidente de Junta de Alvarenga, Luís Filipe Teles

POLÍTICA LOCAL
 
«Passamos um capítulo na história»
 
Luis Filipe Teles
ENTREVISTA | Luis Filipe Teles destronou Edgar Soares na Junta de Freguesia de Alvarenga
 

No dia 29 de Setembro a freguesia de Alvarenga assistiu à passagem geracional do poder.
Depois de vários mandatos à frente da Junta, o carismático Edgar Soares viu os alvarenguenses entregar o poder ao jovem socialista Luís Filipe Teles.
Este gestor de 33 anos, casado, foi uma aposta de Artur Neves para reconquistar a freguesia para o PS.
A vitória por maioria absoluta acabou por ser uma das surpresas da noite eleitoral.
Com um discurso estruturado e com objectivos bem definidos para o futuro de Alvarenga, Luís Filipe Teles pode vir a tornar-se uma surpresa na nova geração de autarcas arouquenses.
O futuro o dirá!
Qual foi a chave do sucesso para destronar o "dinossauro" do poder local arouquense, Edgar Soares?
Eu diria que a chave do sucesso foi a humildade com que nos apresentamos às eleições. Depois a equipa competente que apresentamos, pessoas de trabalho e populares na freguesia. Construímos um grupo que abrangesse toda a freguesia de Alvarenga, para que as pessoas sentissem que ia haver uma proximidade com os eleitos. Ter um bom programa também foi fundamental e saber passar a mensagem. Julgo que todas estes factores foram importantes para o sucesso eleitoral que tivemos no dia 29 de Setembro.
Acreditou que seria possível vencer com maioria absoluta?
Pensei sempre que seria possível vencer as eleições. Acreditei que ia vencer, agora se seria com maioria absoluta ou não, isso já era mais difícil. Quando terminamos a campanha eleitoral - para ser totalmente sincero - admito que tinha uma forte esperança que poderia ganhar e atingir a maioria absoluta.
Com a sua chegada ao poder há uma mudança geracional na liderança da JF Alvarenga. Acha que esse factor teve algum peso junto dos eleitores?
Julgo que sim. A mudança geracional que acabou por acontecer em Alvarenga teve algum peso na hora do voto dos alvarenguenses. Passamos um capítulo na história, essa aliás, foi uma das razões porque me dispus a candidatar. Senti que era necessário dar um salto, passar o testemunho a outra geração com novas ideias e novos rostos. O Edgar Soares fez muito pela freguesia e ainda vai continuar a fazer bastante, disso tenho a certeza pois ele é um grande alvarenguense.
O apoio de Artur Neves foi importante?
Sem dúvida, o seu apoio foi decisivo para o sucesso da nossa candidatura. Artur Neves será fundamental para desenvolvermos o projecto que idealizamos para a freguesia para os próximos quatro anos.
Foi acusado de fazer uma campanha eleitoral excessiva e cara. Como reage a essas acusações?
Não considero que a minha campanha tenha sido excessiva ou cara. Foi sim, uma campanha muito bem feita com um objectivo claro de transmitir a nossa mensagem, aquilo que pretendemos para o futuro de Alvarenga. Como não estávamos no poder tivemos que nos aplicar mais para convencer o eleitorado dos nossos propósitos, mostrar mais e ir mais longe, e foi isso que procuramos fazer durante a campanha eleitoral. Fizemos uma campanha criativa, sem ser muito dispendiosa.
Como é que encontrou a JF Alvarenga em termos financeiros?
Antes de mais gostaria de realçar a atitude dos funcionários da JF na transição do executivo, foram muito importantes em todo o processo. Relativamente à situação financeira, a JF está estável, as coisas estão bastante organizadas. Não encontrei até ao momento grandes dores de cabeça, o que é bastante positivo até para o projecto que pretendemos realizar para Alvarenga.
Quais são as principais apostas para o mandato que agora se inicia?
As nossas principais preocupações vão estar centradas no domínio social, atendendo à grave situação económica e social que o país atravessa. Vamos tentar acompanhar as pessoas mais de perto, procurar saber quais as suas dificuldades e tentar dentro das nossa possibilidades ajudá-las. Pretendemos também desenvolver o potencial turístico e da raça arouquesa que a nossa freguesia possui. Iremos procurar rentabilizar ainda mais essas duas áreas estratégicas, assim como a agricultura moderna, que poderão ajudar a alavancar a economia local e criar novos postos de trabalho, levando à fixação de jovens. Todo este trabalho que pretendemos realizar terá de ser sempre em parceria com a Câmara Municipal e englobado numa estratégia concelhia.
O que podem as colectividades da freguesia esperar do novo elenco Junta?
Toda a colaboração, pois as diversas associações da freguesia são muito importantes para Alvarenga e prestigiam muito o nome da nossa freguesia pelo excelente trabalho que realizam nas diversas áreas de intervenção. Dentro das nossas possibilidades económicas apoiaremos todas as colectividade da freguesia com todo o entusiasmo que elas merecem.
O que espera da Câmara Municipal?
Não espero tudo, mas espero que haja sobretudo colaboração e compreensão entre a JF e a CMA, para que possamos levar a bom porto o nosso projecto. Tem que haver um trabalho em conjunto entre as duas entidades, é crucial existir sintonia entre as autarquias, não podemos funcionar como uma ilha isolada no concelho de Arouca.
Que estilo autarca vai ser Luís Filipe Teles?
O meu estilo já está definido há muitos anos... Os alvarenguenses poderão esperar de mim respeito por
todos os cidadãos, disponibilidade total para aos atender a qualquer momento. Podem esperar ainda trabalho e entrega à freguesia. Amo Alvarenga, amo o nosso concelho e tudo farei para desenvolver ainda mais a minha freguesia.
A freguesia de Alvarenga é conhecida pela sua gastronomia de excelência. O que pensa fazer nesta área?
Nós temos uma coisa que é muito rara que é a raça arouquesa, uma carne de excelência. O que é preciso fazer, e isso está no meu programa eleitoral, é a criação do Museu da Raça Arouquesa. Pretendemos com esse espaço despertar a curiosidade e o marketing do "arouquês". A raça arouquesa pode e deve ser colocada numa fasquia alta porque tem um potencial muito grande. Pode ser uma das portas de saída da crise no nosso concelho.
Como pretende fixar jovens na freguesia que está a ficar envelhecida?
É fundamental criarmos alguma actividade empresarial ligada à pecuária e à agricultura. Depois temos de ter uma escola condigna, um médico, que não temos, e por fim proporcionar boas condições de lazer às pessoas para que tenham qualidade de vida em Alvarenga. Estas são as condições que pretendemos reunir para tentar a fixação de jovens casais na freguesia. Sabemos que é uma tarefa difícil, mas nós gostamos de desafios e estamos aqui para os enfrentar. JCS

in:http://www.rodaviva.pt/?action=noticias&id=2189&seccaoid=2

terça-feira, novembro 26, 2013

Incêndios de volta ao vale do Paiva em pleno Inverno

Incêndio devasta uma grande área na margem esquerda do rio Paiva, começou perto da aldeia de Sequeiros e já se aproxima de Bordezedo.

quarta-feira, novembro 06, 2013

Há quem diga por ai! 442

"Ninguém terá a coragem de enfrentar o Carneiro nas próximas eleições do PS Castro Daire!"

segunda-feira, novembro 04, 2013

Radar meteorológico do Norte vai ter miradouro com vista do mar à serra



Nelson Garrido


Por Sara Dias Oliveira
04.11.2013

Previsões do tempo sairão de uma torre de 50 metros, no pico do Gralheiro, na serra da Freita. Terá tecnologia mais moderna. Obras terminam este mês e estrutura começa a funcionar em Junho de 2014, com varanda a 40m que servirá de miradouro
O radar meteorológico que irá cobrir a zona Norte do país está quase pronto e será diferente do de Coruche e de Loulé. A tecnologia é mais moderna, conseguirá penetrar no oceano em cerca de 150 quilómetros, e no 10.º piso terá um miradouro para ver o mar, serras e cidades.

Os últimos retoques estão a ser dados na torre de 50 metros de altura, a 1100 metros de altitude, com redoma no topo, 13 pisos, no pico do Gralheiro, na serra da Freita, em Arouca. Uma estrutura preparada para emitir um feixe de radiação num alcance de aproximadamente 300 quilómetros, desenvolver um padrão espacial da precipitação e medir com mais precisão a velocidade do vento.

Tudo ficará pronto em meados deste mês, um ano depois do início da empreitada. Seguem-se os testes experimentais e o radar de Arouca estará pronto a ser controlado remotamente, a partir do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Lisboa, em Junho de 2014. O que significa que o Norte dispensará as informações transmitidas pelos radares da Corunha, de Santander e de Valladolid, em Espanha, como hoje acontece. As actualizações da previsão serão feitas de dez em dez minutos e estarão disponíveis no site com essa periodicidade. O país fica assim com um terceiro radar a juntar aos de Coruche e Loulé.

"O radar do Norte vai ser o melhor do país", garante o gestor do projecto, Sérgio Barbosa, do IPMA. Com tecnologia de ponta, um sistema de radar de polarização dupla que permite detectar alterações meteorológicas e hidrológicas, como fenómenos inesperados e aumento da intensidade da chuva. "Foi projectado para garantir o rastreio da atmosfera até cerca de 300 quilómetros de distância e conseguirá penetrar no oceano em cerca de 150 quilómetros". Além disso, dará uma mãozinha aos outros dois. "O radar de Arouca também vai avaliar o Centro e o Sul na precipitação e no vento", adianta o responsável, acrescentando que a tecnologia que será usada no Norte deverá um dia ser utilizada em Coruche e em Loulé. Em Arouca, cada um dos três pisos técnicos tem uma varanda exterior onde serão colocadas as antenas de comunicação. Tudo num investimento estimado em três milhões de euros - comparticipado a 85% por fundos comunitários.

Varanda a 40 metros

No radar de Arouca, aos 40 metros do solo, está uma varanda a toda a volta que permitirá ver o mar, toda a serra da Freita, mais as serras da Estrela e a serra da Marofa, em Figueira de Castelo Rodrigo - permitindo uma visão em toda a largura de Portugal - e várias cidades como o Porto e Aveiro. Uma varanda com uma perspectiva bastante generosa que se juntará ao roteiro do geoparque de Arouca. "Será um miradouro emblemático - uma espécie de miradouro de Portugal - e constituirá uma clara mais-valia para as pessoas que visitem o território", refere Artur Sá, coordenador científico do Arouca Geopark. "Este miradouro permitirá ver mais além, será um atractivo suplementar na oferta da região."

Houve quem visse no projecto do radar uma oportunidade. "Procurámos que não fosse apenas um investimento associado ao controlo atmosférico", adianta o presidente da Câmara de Arouca, Artur Neves. "Procurámos aliar um investimento relacionado com a protecção civil a um ponto de interesse educativo e cultural". Equipar a varanda de modo a se poder ver as estrelas é uma ideia que está em cima da mesa.

Perto do radar, e integrado no Arouca Geopark, mora a Casa das Pedras Parideiras - Centro de Interpretação, na aldeia da Castanheira, que hoje celebra o primeiro aniversário com a visualização, a partir das 9h30, de um filme 3D sobre este raro fenómeno geológico. Segue-se um percurso pela aldeia (10h30) e um convívio durante a tarde.

Um ano depois, estão contabilizados 30 mil visitantes desde que as pedras prontas a parir passaram a ter um espaço próprio. Artur Neves estima que haverá mais 15 mil que não estarão registados. As visitas chegam de todo o país e do mundo - do Brasil, Angola, Suíça, Alemanha, França, Itália, Holanda, Inglaterra, Espanha e Noruega. "Está a ser um sucesso. Visitas diárias, muitas excursões, crianças, idosos e visitantes em nome individual", refere o autarca.

in:http://fugas.publico.pt/Noticias/326993_radar-meteorologico-do-norte-vai-ter-miradouro-com-vista-do-mar-a-serra